Diário de Sonhos

Uns dormem, uns dançam e cantam, outros tocam guitarra ou piano, existe quem esteja a sonhar, mas eu sou vorazmente consumido pela beleza, doçura e grandiosidade de um único pensamento.

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Encosto a cabeça no sofá, ponho a guitarra de lado, oiço a música que está a tocar. E sinto-me grande, imponente, convicto, capaz daquilo que muitos chamam uma loucura, mas que para mim parece ser certo, bem como a única opção possível.

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Por momentos emano confiança, fé, certeza e uma estranha alegria. Todavia, a âncora da realidade depressa traz-me de volta. Vejo o luar, mas estranhamente não vejo a lua a brilhar...

Where is the...

Mais um de tantos dias que passa por mim.

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A frustração de tudo permanecer igual engole-me, quase que sucumbo no bichinho da decepção. Consumido pela ilusão, tento erguer a cabeça mas o pesado nevoeiro caiu e não vejo um palmo à minha frente. Rabisco arduamente um papelinho com um lápis, faço desenhos imperceptíveis, simplesmente deixo a possessa mão continuar desorientada ao sabor da sua vontade.

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Por momentos sinto-me perdido!

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Tento acordar, mas o cinzento não mudou. Prefiro sonhar, adormecer sem fim. Do amargo fazer doce, e ter o que não tenho ao acordar.

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Tenho o mundo à minha espera!

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Mas… este é mais um dia em que finjo ser feliz.

Ai destino...

És dia!
Eu sou noite amargurada!